domingo, 29 de março de 2009

Wulffmorgenthaler.com

sábado, 28 de março de 2009

Coimbra - Speed F3B



Esta prova não se realizou devido ao forte vento que varreu o país todo neste sábado. Mesmo assim eu tentei fazer o primeiro voo do dia com o Caracho cheio de lastro e no zoom dei muito elevador à frente e o modelo foi embrulhar-se no cabo. Resultado: V-tail com pequena mazela, cone do nariz para refazer, e uma ponta de asa para refazer. Até tive sorte porque um modelo enrolado no cabo normalmente acaba muito pior.
O Américo também tentou a sorte e o seu Crossfire ficou pendurado num Choupo como se fosse natal. Apareceu um carrinho dos bombeiros com uma escadinha que não servia, e já no final da tarde apareceu um camião enorme com uma escada/elevador que permitiu um "salvamento" em condições.
O Andoni também enfiou um TOOL no canal de rega que passa junto ao campo porque a sua V-tail não aguentou a força e a velocidade do modelo no momento do zoom. V-Tail fora e modelo a rodopiar até à água.
Houve mais três/quatro voos sem lenha, mas eram tudo "experiencias arriscadas" porque as condições aconselhavam prudência.
Outra nota negativa foi o cheiro insuportável de estrume que estava espalhado no terreno a toda a volta. Com o vento e com o pó que estava, não admira que tenhamos chegado a Lisboa a cheirar a nitreira.
Os pontos positivos é ver aquela malta que só vejo duas ou três vezes no ano inteiro. O Américo e o Pedro proporcionaram as condições possíveis, um almoço muito saboroso, com café, doce, e tudo, e mereciam que o seu esforço tivesse sido brindado com umas condições meteo melhores.
Deu para falar com o Andoni, que me mostrou uma asa de Radical com duas fendas abertas numa primeira e única subida no guincho. Inadmissível. O modelo vai ser devolvido ao fabricante e exigida a devolução do dinheiro.
Vi o Tanga novamente e meti-o nas minhas mão para sentir a qualidade, o peso, o equilibrio, o aspecto geral, etc e gostei. É pena ter um preço tão elevado... Mas os acabamentos são 5 estrelas.
No fundo esta ida a Coimbra soube a pouco porque não voámos nada de jeito.
Para a próxima é melhor.

segunda-feira, 16 de março de 2009

F3F - Open de Inverno




E já passou! Uma prova de F3F com algumas novidades importantes, sendo a de maior destaque a entrada de 5 novos pilotos que nunca tinham participado numa prova deste género. Pelas reacções, pelo ambiente em que decorreu a prova, pelo entusiasmo de todos, foi uma prova que marcou a agenda e que deixa saudades.
No campo do desportivismo, mais umas lições aprendidas: a forma descomplexada com que os "novos" fizeram os seus vôos, cumprindo a tarefa o melhor que podiam, e alguns evoluindo com melhores tempos de manga para manga. Outra: dois dias depois da prova, os telefonemas de parabéns pelo meu resultado, de pilotos que concorreram contra mim. É a marca da diferença, do verdadeiro desportivismo e também da amizade que nos une.

Pontos negativos foram dois "crash", um do Pombinho e outro do J. Faria. Este último custou-me muito porque, não desfazendo em ninguém, o J. Faria é especial, e o Trinity dele também era um modelo especial. Alguém que me desculpe mas é assim que vejo as coisas.

Trouxe para casa dois troféus. Um, o do meu primeiro pódio, o segundo lugar da prova. Outro, o do mais rápido da prova. Para mim significa muito, e dá que pensar porque o consegui com um modelo que esteve à venda meses a fio, sem interessados. Ainda bem. Agora o destino dele é acabar um dia às minhas mãos (num dia muito longínquo). Provo também que mais vale ter um bom conhecimento de um modelo, mesmo que antigo e em terceira mão, com uma reparação de vulto (Abel, o modelo aguenta tudo) mas muito voado, como é o meu caso, do que ter o modelo topo de gama mas com poucas horas de treino/voo.
Tive alguma sorte com o ar no início da prova, que deu para ganhar confiança, e tive um ar menos bom nas duas últimas mangas (57 e 60 segundos) quando deixei de poder discutir o primeiro lugar.

Olhando para a tabela dos resultados, o Zé ganhou com cerca de 200 pontos de diferença que é um destaque considerável e premeia a regularidade durante toda a prova.
Um grande parabéns para ele. É ainda, e continuará a ser, o homem a abater nas provas de F3F /F3B em Portugal. E se ele continuar a voar melhor que nós, nem nos importamos, porque outro resultado seria injusto.

Agora vamos treinar para os 200 metros e a seguir para o F3B. É sempre a dar-lhe!!!

quarta-feira, 11 de março de 2009

4ª feira inesquecível

Há alturas boas em que tudo parece bater certo. Tudo é bom, bonito, agradável, etc etc. Estes momentos aparecem sem aviso nem hora marcada, exactamente como os momentos maus da vida. Hoje na APSIA vivi momentos dos bons. Fui um pouco mais cedo (12:30) e encontrei o parque de estacionamento completo, deixei o carro na berma da estrada. Olhei para cima e estavam umas 30 pessoas !!! Cheguei-me ao painel de frequências e estava um papel A4 a dizer que hoje estavam de visita à nossa encosta uma turma de alunos da escola onde o P.Enes é professor.
Cumprimento os que estavam mais perto de mim ainda junto às mesas cá de baixo e logo me dizem: "olha quem está ali em cima" e vejo o Manuel Cruz, amigo de muita reinação à volta do aeromodelismo e, ainda hoje, considerado o homem mais rápido da encosta (fez furor há uns 2 anos quando explodiu no ar um pico-jet em flutter e espalhou elapor azul pela encosta toda).
O dia estava quente o vento fraco, os alunos batiam palmas aos voos de demonstração do Sr. Vitor, com a mestria que lhe é habitual, vimos o sonic liner do J.Costa fazer "toneaus" "loppings" etc, o J.Almeida fez a estreia de um ION, houve paraquedistas que caiam dos modelos, amigos que não se viam há imenso tempo lembravam aventuras de Nims queimadas e lipos maltratadas, e a boa disposição reinou entre todos.
Ainda há dias assim.
Infelizmente não cheguei a ver um Banana eléctrico que, ao que disseram, voou muito bem. Confirmei que existe um interesse crescente pela prova dos 200m: distribuí mais um altímetro e vi dois novos participantes a treinar com os seus "espumas".
Depois fomos almoçar e a Dona Vina brindou-nos com as suas brejeirices do costume. É uma pessoa muito inteligente, pois apaga-se no papel de palhaço para dar vida ao restaurante e alegrar a clientela, mas hoje foi "apanhada". Por detrás da máscara que usa para lidar com o dia a dia, teve uma distracção momentânea, e mostrou que ficou, como dizê-lo, feliz, com a presença de um dos nossos. A prova estava no tamanho da sobremesa que ela lhe deu. Nem mais nem menos, uma gigantesca fatia de bolo de bolacha.
Até eu corei.