sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Uma história para contar

A experiencia foi brutal mas foi uma semana um pouco cansativa. No último vôo que fiz do último dia tive uma genuína sensação de alívio por tudo ter acabado. Eu e o Manuel sentimos desde o primeiro dia que não tinhamos argumentos para competir naquele tipo de encostas. São difíceis: no 2º dia estavamos a voar no turbulator com ventos próximos dos 80 km/h. E no último dia, na mesma encosta, o vento estava mais fraco mas muito cruzado. A quantidade de modelos partidos, estilhaçados, e afogados atestam a dureza do campo de batalha em que estivemos metidos. Não ganhamos a guerra, ie, não cumprimos com o objectivo de ficar lá pelo meio da tabela, mas ganhamos várias batalhas que nos tornaram pilotos mais experientes, mais competitivos. Mais importante, sabemos hoje o que devemos procurar, quer em treino quer em prova. Sem lá ir, nunca o saberiamos.
Demorei a escrever estas linhas no blog porque só pensava numa coisa que parece não ter nada a haver com a competição própriamente dita (houve alturas em para nós isso foi o menos importante): as ajudas que tivemos de tanta gente para que conseguissemos chegar na competição até ao fim. O Abel que nos preparou os modelos, o Infante que nos cedeu as caixas de transporte, casacos, oculos de neve, etc... ainda o Inãki, da equipa de espanha, que teve a amabilidade de me arranjar por duas vezes na competição o meu modelo principal para que eu continuasse voando; o Siggi que emprestou os lastros de tungsténio ao Manuel; o Andreas Frick que me deu um raspanete por eu ter segurado mal no modelo do Manuel (com ventos com aquela força só se permite lançar o modelo pelo nariz) mas que me tornou um piloto mais disciplinado e atento; o próprio Manuel que me emprestou um modelo dele para eu me desenrascar enquanto o meu estava a reparar, enfim, tive a sensação de que quando falhávamos alguma coisa, havia uma mão invisível a corrigir o caminho.
Falando um pouco das classificações: os 5 primeiros classificados pertencem ao mundo dos dotados, dos fora de série. São nomes que vão ficar na história do F3F junto de outras lendas da modalidade. Não há hipótese nenhuma de chegar aos calcanhares deles, e ponto final. Depois há os que vão dos 6º ao 10º classificados. Esse grupo é muito difícil de apanhar mas penso que se houver um tuga que trabalhe tanto como eles... bem, pensando melhor, não há um tuga que voe tantas horas como eles, portanto também esquecam este grupo. Depois temos um grande grupo que ocupa o meio da tabela e aí temos hípóteses. Claro que há pilotos que no mano a mano eu diria muito difíceis de bater, o Chang por exemplo que ficou neste grupo mas é um piloto talentoso e muito regular; mas com treino chega-se lá.
Depois há os que estão no fim da tabela, nós, os holandeses, os ukranianos.... tudo malta que até são bons nos seus países mas que se espalham ao cumprido assim que as condições a que estão habituados mudam. O ukraniano com quem conversei disse-me que se sentia muito fora do seu ambiente: na krimeia, de onde ele vem, voa numa encosta com 300 metros de profundidade. Portanto se só estamos habituados a um determinado tipo de encosta, não vale a pena pensar em bons resultados num mundial.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Geting ready

Again, one secret for sucess is good cooperation. The chek list of  things to travel with us is almost complete, and for that we had the help of Jorge Infante and Abel Montez, the first lending the boxes to carry the models, warm clothes, Ski glasses, etc, and Abel repairing and painting the last minute damages to our models: an Aris completely rebuilt and a Shooter's fuz repaired from a 270º crack along the boom.
I think that the box we'r using traveled europe in the early 90's...



terça-feira, 25 de setembro de 2012

Quadricópteros

Encontro no GAV em 22-09-2012, de quadricópteros seguido de uma grande almoçarada. Muito interessante esta modalidade cuja iniciação deve ser acompanhada por alguém mais experiente. Ainda me estou a habituar aos novos vocábulos: placa, firmwares, código, controlador, nasa, multiwii, etc...




quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Preparação para o "F3F World Championship at Rügen"

Preparation has not gone smooth as imagined at first. The plan was to explore sea slopes during summer and to train together. That was not the case. The flying was apart because of holidays at different locations. So me, taking advantage of being family stuck near "praia da Foz" (Foz beach), the beach that Franz Demmler pointed to be "similar conditions" to the ones at Rügen, had plans to flight a lot. Not. Wind was blowing only at times in the afternoon, and for two occasions is was especially strong. But the slope is VERY different from the one I'm used to. First I didn't see the slope from the point I Was standing. It (the slope) goes forward and backwards along the beach line, also it has some "holes": areas were the slope is very step and others were the inclination is smooth. So I flight all the time avoiding diving because I couldn't see the model. Also the lack of reference points made life difficult. Back to my usual slope I did some really fast times with stong afternoon winds. So, now, I'm a bit worried: am I only fast at my slope?

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Santa Iria Race 7/8 Julho 2012

Apesar de umas desistencias de última hora a Santa Iria Race deste ano foi bastante participada (28 pilotos) e contou, como habitualmente, com os nossos amigos espanhois e alemães. Juntou-se ao grupo um dinamarquês extremamente rapido e com um voo muito rigoroso nas trajectórias e na gestão da energia e dois austriacos que, infelizmente, tiveram um azar na aterragem de um dos modelos. Participou pela primeira vez o Phillip Kolb, campeão do mundo de F3J, que fez voar um Caldera S depois de um azar com o modelo principal. As condições foram muito variaveis. Parece-me que o sabado foi mais uniforme que o domingo. Cumpridas 15 mangas e feitos dois descartes os resultados surpreederam muita gente. A qualidade dos pilotos participantes é inquestionável e o facto de um ou outro piloto de topo, como o campeão de 2011 André Austen ter ficado a meio da tabela deve-se à irregularidade das condições meteo, mais nada. Vence o sempre bem disposto Alvaro Silgado, um amigo e um gentleman como se pode ver pelas fotos :) Bravo Alvaro, bravo aos restantes pilotos, bravo à organização e ajudantes. Até para o ano que vem.
Santa Iria Race 2012

Open da Primavera 18-06-2012

O open da primavera serve de preparação para a maior prova que lhe segue, a Stª Iria Race. Tem normalmente as mesmas condições meteorológicas ou seja, calor e vento forte. Esta edição foi ganha pelo Américo Gonçalves, o segundo lugar foi para o Manuel Cruz e eu fiquei em terceiro com uma diferença de 14 pontos (em cerca de 800 e tal...) Voei o Pike WR até à derradeira manga em que o parti e tive que mudar para o Caracho. O meu objectivo era fazer a mão e poupar o Shooter e o Caracho para a Stª Iria Race, logo, objectivo cumprido. Sente-se a falta de algum pessoal do F3F que tem andado distraído, dois do Algarve, e um de Lisboa. Ó malta, toca a acordar!!!
F3F da primavera 2012

quinta-feira, 24 de maio de 2012

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Raketenwurm 1V

Há meses que ando a montar um Raketenwurm 1 que é um antecessor de dois modelos de sucesso no F5B: o 2T e o 4 (mais recente e campeão do mundo de 2010 se não me falta a memória). A montagem avança a passo de caracol mas sem dar por isso, mais de metade está feito. Este modelo não é para entrar em competições (aliás, não há F5B em Portugal) mas gostava de ter a sensação aproximada das dificuldades da tarefa do regulamento de F5B: 400 segundos para a distancia num percurso de 150m seguidos de 10 minutos de permanência com aterragem no spot. A eletrónica é mista: um bom motor de F5B da Hacker, servos Hyperion digitais nos ailerons, spinner (offset de 5 graus) e hélice 16*16 fina da Freudenthaler (a encomenda da Áustria demorou +4 semanas e  arderam-me 90 euros ). A parte menos PRÓ da eletrónica são os Hitec 56 HB nos flaps (não digitais), uma bateria de receção relativamente pesada mas com excesso de capacidade para o vôo, uma bateria de apenas 2100 mha 4 s, e um interruptor a decidir mais tarde. O variador vai ser um Hobbyking de 100A e não vou montar um limitador de energia. O recetor é o ASSAN de 7 canais, sistema que uso em todos os modelos há anos sem o mínimo problema. A asa está neste momento quase acabada. Tenho andado a fazer experiencias com o movimento das superfícies para afinar as deflexões dos links ainda a seco, ie, falta colar definitivamente os servos na asa. Depois de ler todos os artigos relacionados decidi usar fio de piano de 1mm quer nos ailerons quer nos flaps. A cauda em V vai ter apenas um servo dado que o tamanho do modelo (momento de cauda) e a velocidade a que vai voar não se adequam às fineses de uma deriva. O sistema para empurrar e puxar a V-tail levanta mais problemas: está na net um sistema que exige que se faça duas peças simétricas de latão que são coladas de cada lado da V-tail, estas são por sua vez empurradas ou puxadas por um T também feito à mão. Já me decidi que este é o sistema que eu quero mas ainda não encontrei o material para o fazer. Mas não tenho pressa e quando estiver pronto posso dizer que foi tudo muito bem pensado. O resultado vê-se depois no ar. Surpresas: há sempre. Depois de ensaiar o servo do aileron esquerdo (Hyperion SCD), verificar o neutro, decidir o angulo do cabeçote, o local da colagem, etc, colei-o com epoxy e esperei. Depois de colado já não trabalhava… Fiquei completamente aturdido, sem palavras, a olhar para aquela M*** a acontecer. Estupefacto voltei costas e só voltei à asa uma semana depois. Olhei para ela, voltei a ensaiar o servo com um “servo tester” agarrado à ficha de servo correspondente do outro lado do modelo, ie, junto ao recetor. Tanta solda, tanto fio, tudo feito com tanto cuidado que não queria acreditar que era da cablagem. Larguei tudo porque não conseguia pensar claramente e esperei mais uma semana. Voltei a olhar para a asa e o maldito servo e pensei, “tem mesmo que ser o servo que está avariado”. Mas ainda assim e porque não queria acreditar que a culpa era do servo mas minha ainda abri com um x-acto as mangas termo-retráteis que juntam os positivo e negativo do flap e aileron. Para que conste, eu tinha feito tudo bem, só que 35 euros num produto novo recomendado por todas as estrelas e anunciado em todas as galáxias e que não funciona deixa-nos a pensar… Fotos da montagem em FOTOS

segunda-feira, 21 de maio de 2012

F5J - Herdade do Zambujeiro 2012

Na madrugada antes da prova tinha enviado uma mensagem ao Nelson que dizia "Tango Forever". Realmente a longevidade deste modelo supera todos os outros que tenho ou tive, e continua a dar muito gozo voar com ele. Nesta prova fez duas milenas deixando a concorrencia de fibras e carbonos a ver navios. Mas também tive azar com dois vôos em que o enfiei numa descendente e pronto, o pódio não espera por quem comete este tipo de erros. As condições metereológicas estiveram complexas, deixando muito bom piloto a pensar "o que é que se passa?". Quanto ao local (La Varzea na Herdade do Zambujeiro) é muito bom para este tipo de provas. Agora que começámos tão bem, espero que mais provas se realizem naquele local. Ganhamos nós e ganha o empreendimento.
Algumas FOTOS